Partindo do pressuposto que a estadualizacão amapaense assentou-se em expectativas, e a integração com o platô também está assentada em expectativas, tem-se sugerido várias estratégias de desenvolvimento que necessitam de ações de longo prazo, contínuos e com forte participação de investimentos públicos (estruturantes) e privados (inserindo técnicas e tecnologias).
Prof. Jadson Porto: Vencedor do Prêmio Santander 2005
Prof. Jadson Porto: Cidadão Amapaense
Palacete dos Leões, Curitiba, Paraná.
Jadson
Luís Rebelo Porto
Curitiba, 24 de
novembro de 2017
Boa
Noite!Foi com muita honra que recebi a notícia da indicação de meu nome para integrar à Academia de Letras José de Alencar. Agradeço, inicialmente a Deus pela graça alcançada; à acadêmica Ariadne Zippin, pela minha indicação; à Academia de Letras José de Alencar, pela oportunidade; e à Universidade Federal do Amapá, por criar todas oportunidades pelas condições de avançar nas pesquisas, como também para a publicação de seus resultados.
Ao receber a notícia de minha indicação a esta nobre Academia, lembrei-me das primeiras palavras de José de Alencar em sua obra "Iracema", escrita em 1865:
Verdes mares bravios de minha terra
natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; Verdes mares que brilhais
como líquida esmeralda aos raios do Sol nascente, perlongando as alvas praias
ensombradas de coqueiros.
Serenai verdes mares, e alisai
docemente a vaga impetuosa, para que o barco aventureiro manso resvale à flor
das águas.
Onde
vai a afouta jangada, que deixa rápida a
costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela?
Sou natural de Santarém, município paraense situado à
margem direita da foz do rio Tapajós, encontrando com o rio Amazonas. Não saí
de Santarém pelos mares. Saí pelo rio! As praias santarenas são alvas e as suas
águas são de cor esverdeada. A distância de uma margem a outra no encontro dos
rios Tapajós e Amazonas chegam atingir 20 km no período de cheia. O rio
Amazonas, já foi denominado de "Mar Dulce", devido às suas dimensões.
Já enfrentei os banzeiros amazônicos, que são ondas bravias em períodos de
ventos e chuvas fortes, cujos transportes fluviais ainda apresentam forte
influência nas dinâmicas social, econômica e cultural da região.
Um dos mais importantes intérpretes da Amazônia, Leandro
Tocantins, em 1952, assim denominou a sua obra mais impactante: "O rio
comanda a vida". Nesta obra, o autor identifica a importância e a
influência dos rios amazônicos na vida dos povos ali residentes. O rio que
outrora separava regiões, é o mesmo rio que integrava as suas riquezas ao resto
do mundo. Meu barco aventureiro navegou! Tive a oportunidade de morar em 10 cidades brasileiras das regiões Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, como também em Coimbra (Portugal) e Rio Gallegos (Argentina). Com isso, pude vivenciar uma série de experiências regionais que corroboraram para a minha formação profissional. Sou Geógrafo.
Os ventos que sopram minhas velas são oriundos de três fontes: dos meus mestres, que com suas perguntas me estimularam a elaborar novas perguntas; dos livros, que com suas palavras e expressões, me ensinaram a observar, questionar e refletir; e dos meus alunos, que com suas perguntas buscam repostas.
Neste navegar, ancorei na foz do rio Amazonas, esquina com a linha do Equador, como relata nosso poeta amapaense Zé Miguel. Meu trapiche é na Universidade Federal do Amapá.
Meu porto seguro é onde minha família está. Agradeço àqueles familiares que sempre e em todos os dias acompanham este barco aventureiro que resvala pelos mares e por me proporcionarem a enseada que me proteje da vaga impetuosa que expôs José de Alencar acima: Eunice Porto, Jorge Porto, Júnia Silva, Adriana Porto, e aos meus filhos Ana Girassol e Ivan Luís.
E para finalizar estas breves palavras, agradeço a confiança que depositam em meu nome para integrar esta ilibada Academia. Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela? Perguntou nosso escritor mór. Nesta minha navegação, que não saiu do Ceará, mas do Pará, não sei respondê-lo! Mas eu consegui chegar em Curitiba. Bons ventos aqui me trouxeram.
Muito
obrigado.
O
VOO DA FLECHA
O
voo da flecha é resultado de meu foco, minha força, de minha
postura, de minha puxada e de minha técnica. Qualquer desequilíbrio
entre eles, influenciará na trajetória, no objetivo e na minha meta
(Jadson Porto, Curitiba, 07/03/2017, em uma conversa com meu filho).
MAIS
ELOCUBRAÇÕES TEMPORAIS
Pensei
em um tempo. Veio-me um instante.
Pensei
em um instante. Veio-me um momento.
Pensei
em um momento. Veio-me um flash.
Pensei
em um flash. Veio-me um pensamento.
Jadson
Porto , Macapá, 27/01/2017
A
esperança de esperar (30/12/2016):
Espero
que na sua esperança de esperar, você espere a esperança na
esperança de esperar o melhor momento de esperar.
Que
na espera desta esperança, não espere que a esperança te espere.
Mas
espere que o esperar da esperança, sempre te trará novas
esperanças, mesmo que espere... Jadson Porto
Momento
entre irmãos (22/01/2013)
Minha
irmã perguntou: Até onde vai o limite do pensamento?
Respondi:
O limite do pensamento é o pensamento. Não o pensar momento, mas o
momento de pensar o pensamento. Se perderes o momento de pensar o
pensamento, novos momentos, novos pensamentos aparecerão como
limites.
Sempre
nos perdemos em pensamentos, sempre nos perdemos em momentos, mas
nunca nos limitamos ao momento e nem ao pensamento. Limitar o
pensamento é limitar o horizonte. Aproveitar o momento, é
aproveitar uma parcela do pensamento.
Quando
o pensamento precede o momento, eventualmente nasce o planejamento.
Lembre-se, também que o momento não depende do pensamento. Às
vezes, o momento aparece sem o pensamento pensar que aquele era o
momento. Como também, o pensamento surge sem o momento perceber que
ele chegou. Constantemente ambos ocorrem. Simplesmente ocorrem.
O
momento constantemente é passado, pois este exato momento, não o é
mais. Passou. O pensamento tem a capacidade de ir ao passado (quando
ele se chama "memória), ou ir ao futuro (quando ele se chama
"planejamento", "expectativa"). Quanto ao
pensamento presente, é uma fotografia do agora. Neste momento, o
pensamento se confunde com o momento.
Meu
irmão completou: Mas lembre-se que há o momento e o motivo,
cuidado para não perder um momento por um motivo, pois você poderá
ter várias vezes o mesmo motivo, mas nunca o mesmo momento... E isso
independe da quantidade e do limite do pensamento!
Minha
irmã conclui: E ultimamente eu muito penso, pouco falo e tento
aproveitar o momento.